quinta-feira, setembro 20, 2018

PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA

UMA NOMEAÇÃO ENVENENADA


                                                               Joana Marques Vidal

Completamente contrabandeada o que, em situações normais, se configuraria como uma substituição rotineira, em termos processuais, findo o mandato, do detentor do cargo de Procurador(a)- Geral da República.
A politização do cargo de que a Procuradoria terá sido o principal responsável, assim como toda a estrutura judicial, pela mediatização, através de fugas de informação ( bateram todos os records e nunca houve, dentro da Magistratura, a descoberta dos infractores, até hoje... ) sobre os processos levantados a a figuras da Administração do Estado, nomeadamente sobre o ex - primeiro - ministro José Sócrates que teve a " ousadia " de afrontar o que considerava ser excessivos privilégios corporativos, tornou, dizia, quase IMPOSSÍVEL, pelas posições políticas que sobre o cargo e a Magistratura em geral têm sido veiculadas, a sua recondução no cargo.
Acresce - se a circunstância do excessivo tempo num lugar e num cargo de Estado, sem controlo democrático executável por quem quer que seja, sob o risco de acusação de interferência sobre a Justiça.

O bom- senso institucional do primeiro - ministro, a quem caberá NOMEAR ou reconduzir o novo detentor do cargo e do presidente da República, a sua consagração ou o veto, deverá prevalecer de forma clara, no esvaziamento político dessa nomeação outra, que não a recondução da actual Procuradora.

E se for impossível a despolitização, convenhamos que, dado o  apoio POLÍTICO declarado da Direita política, seria um erro político crasso mantê - la no cargo.


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