quarta-feira, julho 03, 2019

FALEMOS DE PORTUGAL, ENTÃO.

O PRESENTE DEFINITIVO?

Dir - se ia que, uma vez alcançados alguns objectivos, em parceria com o Bloco de Esquerda e com o PCP, ( a relevância do PAN com a sua agenda animal carece de confirmação... ) o Partido Socialista terá perdido a paixão que o animou nos primeiros tempos e hoje, temeroso, joga a cartada do centro quando se aproximam as eleições legislativas de Outubro.

Uma vez " satisfeitas " as exigências do "contrato " negociado por alturas da formação do Governo pelas quais cimentou uma governação que, em traços gerais, satisfez a Esquerda sociológica que não a ideológica, apressada, tremendista, dogmática e, lamento dizê - lo, oportunista no aproveitamento das condições materiais na acumulação e aquisição de direitos. Uma Esquerda míope face à prudência do " gato escaldado ", suscitou uma reacção tipo policia bom ( em observação... ) e policia mau, faceado pelo líder parlamentar Carlos César, avisando sobre a necessidade de contenção dos gastos do Estado. As considerações foram claras, transparentes e tiveram um alvo anunciado - os parceiros da Coligação. Não consegui descortinar a arrogância que lhe foi atribuída; para todos os efeitos foi um aviso e , concedamos, um piscar de olho responsável a um eleitorado mais conservador. Nada mais do que isso se pode inferir..

No entanto, o conceito definidor da eficácia de gestão da coisa pública que até os anos 80 terá sido uma bandeira da Direita que apoderada, então, com tão péssimos resultados levou ao definhamento dos partidos socialistas e sociais democratas em toda a Europa, com excepção da Escandinávia, e que tem estado na posse da Esquerda em Portugal ( impossível seria o sucesso sem o aval do PCP e do BLOCO ) definiu uma política ideológica COM pragmatismo, cuja aferição nos será dada em Outubro.


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