terça-feira, julho 02, 2019

HERE WE GO...

... NO REINO DA BURROCRACIA

"... O nosso tempo teria ideais claros e firmes, embora fosse incapaz de os realizar. Mas a verdade é estritamente o contrário: vivemos num tempo que se sente fabulosamente capaz de realizar, mas não sabe o que realizar. Domina todas as coisas, mas não não é dono de si mesmo. Sente - se perdido na sua própria abundância. Embora com mais meios, mais saber, mais técnica do que nunca, o mundo actual anda como o mais infeliz que possa ter havido: totalmente à deriva. " - A rebelião das massas - Gasset

Em gestão burocrática, quando não em pura reactividade, política, económica e social, tal tem sido a realidade do mundo ocidental desde a queda da URSS, a emulação referencial desde os anos 50 do século passado. A metafórica boutade de Fukuyama, tomada no seu sentido simbólico e político por uma Democracia liberal vitoriosa, foi levada à letra e... atascámo -nos em suficiências.

Se à visão de Gasset de que falar - se em decadência, glosada por Spengler, conduzir - nos - ia a conclusões que a realidade, física, económica e científica de hoje desmente estrondosamente, contrapôr - se - ia sim a falência, essa factual, das instituições que gerem, com mediocridade, os ganhos civilizacionais de hoje, nos Estados e nas Instituições unificadoras, como a UE.

Falamos, pois, em boa verdade, de falta de ideias, de projectos, de previsões e de soluções.
O conservadorismo conceptual que tem marcado, de facto, as ideologias, de Direita ou de Esquerda, estranhamente na Esquerda que, paulatinamente se vê esvaziada do seu suporte eleitoral pelos profetas populistas, tem estado, na UE, no âmago desse impasse que se reflecte no Ocidente. Reacção e não acção, fruto de amadurecimento racional crítico do estado das coisas.

ORA, falemos de Portugal...

Sem comentários: