domingo, novembro 10, 2019

MISANDRIA ( 2 )

Não sou nem machista nem feminista, sou heterossexual, no seu sentido original. É tudo, com 72 anos de experiências por este planeta.

Continuemos, então...,uma vez feito o esclarecimento.

Se uma revolução se caracteriza como tal pela alteração do statu quo, mudando para pior ou depurando para melhor os princípios tradicionais a depôr, não há como fugir à condição, se não revolucionária, pelo menos reformista radical, que se perspectivou pós moralidade victoriana. E não foi só a liberdade sexual que esteve, a reboque do sufragismo feminista, pontuada pela evolução no tratamento de taras psíquicas  tidas como desviantes, onde se compartimentavam os desvios sexuais.
O balanceamento dessa ruptura, sanitária, social, política e sexual continua a desenrolar - se em pleno século XXI. Dir - se- ia que já era tempo de harmonização de todos os adquiridos nessa reflexão.

Acontece que o Homem não mudou assim tanto como as perspectivas das minorias, quase insignificantes, desejariam. A normalidade de 90% ou mais da população do globo permite ainda ao Homem ter essa possibilidade de a avaliar. As anomalias, mutações, se quiserem, que as circunstâncias naturais e o próprio tempo traz ao nível da Biologia, por mais acção volitiva de transformismo acoplada, deixaram de ser, pela acesa militância de uma sexologia libertária, consideradas, pejorativamente, como perversões a tratar e entraram no campo da normalidade, adjudicadas pela liberdade de ser.

MAS...

... da libertação sexual e não só, à desmemorização e descaracterização como género no âmbito dessa libertação feminista, elegeu - se o inimigo, o Outro lado, como adversário da Mudança, com a cumplicidade activa das transgeneralidades existentes e a criar, preconceituando os valores do seu universo identitário - a virilidade - em todas as suas manifestações, de poderio físico, dominação e volição sexual.
A impaciência transposta nesse devir, que ameaça pela virulência, tornar - se numa séria confrontação, já não se contenta com as consideradas lentas mudanças que, de facto, vão transformando as sociedades ocidentais no que à conquista de direitos iguais à partida, igualdade perante a Lei e assumpção libertária das suas escolhas de vida e laços sexuais. Acresceu mais reivindicações onde a " capitulação ", negligência e distracção quando não cumplicidade activa e militante da " normalidade " sobressaltada e inquieta. A essa abstenção activa chamou - se o " políticamente correcto ".

Convenhamos, sejamos honest(o)as, entrámos numa guerra de Poder que, por enquanto, está na fase de guerrilha. Do que sei de insurgências desde que nasci, a partir do momento em que a luta seja assumida pelo povo, a vitória é certa. É aí, nas classes menos instruídas, nas classes " inferiores " que a " resistência ", quase vital, se entronca, hoje e sempre. Uma vez convencidas, vencidas.

E aí, sim, a Revolução acontecerá.
















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