quarta-feira, julho 12, 2006

DE VOLTA AO MUNDO...


Em Timor o Poder negoceia, recolhe as armas que o ameaçaram, amnistia os rebeldes e decepa Alkatiri, no fim de contas a única vítima das cascas de banana que lhe foram estendidas e das quais não foi capaz de fugir.
Timor será por muito tempo um protectorado da Austrália com o patrocínio da ONU e o amén tácito de Portugal. Não é que lhe advenha mal nenhum por essa condição, pelo contrário. A estabilidade que as forças australianas impõem interessa a ambos os países, pela simples razão de que os negócios só se resolvem nessa base e o Governo terá tempo de construir de vez, e desta vez, com meios substanciais, as infraestruturas de arranque para a reconstrução do País.

Alkatiri teria alguma razão para se tentar proteger, fora do aparelho do Estado, das ameaças que o levaram a criar uma pequena milicia pessoal?

PALESTINA

Dos resultados do oportunismo e das contradições políticas que muitas vezes as oposições enfrentam quando alcançam o Poder,eles nunca foram tão evidentes como o são actualmente na situação palestiniana e no caso de HAMAS. Entalado entre o nacionalsmo político que ambiciona a construção de um Estado Palestiniano e o fundamentalismo pan- islamita, sentiu necessidade de, reabertas as feridas entre estas duas posições, fazer ensalivar de novo o poderoso vizinho, acabando com a ameaça de guerra civil, unindo de novo numa frente comum as Al - Aqsa, Al - Qassam e as Al - Quds contra o inimigo comum.
A previsibilidade canina de Israel, para o qual os palestinianos são todos iguais, torna-O também numa marionete simplória nesse espaço de Babel onde o povo continua a ser carne de canhão e o sangue tinge de vermelho as areias que já dantes colheram o de Cristo.

Sem comentários: