domingo, agosto 13, 2006

Dos novos fundamentalismos... ao charuto de Churchill

Gostei da prosa de J.Pereira Coutinho no Exp. desta semana glosando a ausência do charuto de Churchill numa peça a retratar o estadista num teatro de Edimburgo, devido à proibição de fumadores em locais públicos.
A talhe de foice, também Henrique Monteiro no mesmo jornal conta um delicioso episódio de um professor americano que acendendo um cigarro em 1989, antevê o futuro que nos esperava com uma profética esperança " Espero que nos tornemos rapidamente uma minoria para então reivindicarmos alguns direitos ".

Eu não queria cometer o pecadilho de citação própria, mas logo que surgiram as primeiras hipócritas reacções aos fumadores dos miseràvelmente poluidores americanos, sabia que a " moda " chegaria Europa com mais ou menos atraso; e enumerava os milhões de "determinações", leis, normas, etc, que diariamente dão à luz no mundo a reduzir em cada dia que passa a nossa liberdade e a nossa responsabilidade cívica para com os outros.

Como é fácil de entender eu sou um fumador inveterado e apesar de me chocar, física e estèticamente a multidão ululante de obesos, alcoólatras, mentecaptos, cretinos, porcos, energúmenos, nazis, mal- cheirosos que comigo se cruzam em lugares públicos, não desejo que o Estado lhes tire a liberdade de se " matarem " com carne, álcool ou cretinice aguda, desde que seja essa a sua vontade de adultos.

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