sábado, junho 07, 2008

DA CRISE...

Esta palavra é politica, assim como a solidariedade é colectiva e ambas têm uma origem comum - o Homem.

Os contornos com que ela, a crise, tem sido tingida, apesar do negrume da sua aparente origem - o petróleo, remete - nos , pelas suas consequências, à fragilidade das nações dele dependentes e dele reféns e à tentação de colarmos um rosto às nossas frustrações e incapacidades.
Em Portugal, os rostos são os de Sócrates, Mourinho e Cristiano Ronaldo.

Sócrates é a cara dos nossos demónios, aquele que nos diz que " comendo " a maçã nos tornaria iguais aos deuses. Mourinho e Ronaldo são os ídolos cujas imagens gostaríamos de ver reflectidas no espelho do nosso fracasso.

Resta saber afinal se iremos escolher eternamente o Embasbacamento inerme ou ouvir a voz dos demónios que nos dizem que o desânimo nao se vencerá nem com berros ( uma catarse, sem dúvida ) nem com cantos de sereias, mas com trabalho, determinação, bom-senso e objectivos claramente definidos e... principalmente com PACIÊNCIA.
Para o bem ou para o mal, o mundo em que vivemos AGORA foi formatado por outros antes de nós e a nossa obrigação, como espécie, como Homem, será promover a sua superior qualidade para os que virão.

É aqui que se joga a SOLIDARIEDADE que mais não é do que o movimento positivo para o Outro, para o amanhã do Outro.

A melhoria actuante da nossa qualidade de vida não depende de NINGUÉM, na exacta medida em que é uma responsabilidade pessoal, não transmissível nem delegada ao Governo, ao Estado, aos partidos, ao chefe, ao outro.
O efeito, exponencialmente transmitido ao colectivo será tremendo e os resultados perenes, quanto mais não fosse pela dinâmica que essa " inércia" provocaria.

Sejamos sim, mendigos de nós próprios, exigentes no uso da nossa inteligência, que mais não nos serve senão para a nossa adaptação actuante sobre o meio.

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