" ... E foi assim que começou a ditadura das Finanças "
ISTO, publicado no Abrupto,reenviou -me a um não muito antigo texto de José Manuel dos Santos in Impressão Digital ( outras das razões porque compro o Expresso )sob a histeria do caso das escutas que parecia infectar toda a vida do País, resumindo um universo em que,uma vez os meios se tornam fins em si, cito, " A democracia passa a ser um corpo com próteses totalitárias. Essa mecânica tem os seus operadores em magistrados, inspectores, políticos, jornalistas, comentadores, colunistas, bloggers. Tudo feito, é claro, em nome da " liberdade de informação " e da " transparência "... Portugal tem um Estado em que alguns dos seus mais importantes agentes se especializaram- se em fornecer à sociedade os meios de ela se tornar totalitária ".
Foi longa a citação e tenho pena de não poder apresentar todo o texto que termina com uma interrogação sobre uma frase de Primo Levi - Cada tempo tem o seu fascismo -:- Será este o fascismo do nosso tempo?
Sem querer estar na posse do vasto conhecimento do " Abrupto " do período que antecedeu a longa, PERMITIDA e APOIADA ditadura do então Ministro das Finanças,permito - me considerar, no mínimo, de ultrajante mau - gosto a escancarada conotação que se permitiu fazer com a situação actual do País, por mais que a urgência de ser Poder lhe estugue o raciocínio comparativo numa mecânica denunciada acima.
Tomei nota entretanto da argúcia do seu alerta e da responsabilidade acrescida que o seu conhecimento da História lhe permitirá reforçar junto dos outros pares da Assembleia da República.
Aliás, exijo que, como deputado, o sr. Pacheco Pereira denuncie em plenário, para que todo o País o ouça,o perigo que representa a " ditadura " das Finanças nas mãos do actual Ministro.
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