sábado, agosto 01, 2015

NA " MOUCHE "...

                                                             
                                                                    Saragoça da Matta

Saragoça da Matta, advogado, tem feito uma ponderação analítica notável do estado da Justiça, feita pelos e para os Homens, em Democracia e, nomeadamente, não só nos seus aspectos formativos e teóricos, como práticos e instrumentais pelo que, na sua essência ética, a deveria distinguir, virtuosamente, dos outros braços do Poder.

A razão, sempre empática e interesseira, com que o sigo no " I " prende -se com a aprendizagem, misto de confirmação do que sobre a matéria me tenho debruçado por força da ditadura dos meus neurónios e da assertividade madura com que desmistifica a " pureza ", improvável, num espaço habitado por homens e mulheres que decidem, na formação das suas " convicções judiciais " com todo o peso da sua história pessoal.

Não é a primeira vez que trago aqui o meu cepticismo sobre a Justiça, hoje aplicada por intérpretes imaturos, enredados numa rede opaca e manhosa de um tecido legislativo permeável a toda a espécie de interpretações que dão sustento a sociedades hermenêuticas de decifração do que deveria ser e... Deus, é, claro e límpido na consciência de qualquer sapiens adulto - a noção do Bem e o Mal.

É oca, diz Saragoça, a "... afirmação da confiança no, supostamente, " sereno " processo de formação de convicções no julgamento judicial de casos mediáticos " e eu sublinho por baixo... e , nessa perspectiva, cabemos TODOS, teóricamente, 
E permito - me recordar, para os desatentos, a opinião de um projectado aspirante ao mais elevado cargo da República, o  da Presidência, de seu nome Rui Rio, ex - autarca do Porto, sobre o mais mediatizado e justificado, caso nacional - o caso Sócrates - .
Por mim, mais coisa menos coisa, disse ele,.. acho e sublinho, ACHO, que ele é culpado. E pergunto - me, dada a mediatização indutiva e alarvemente induzida do caso na opinião pública, se estarei a ser JUSTO.  na minha apreciação pessoal.

Rio, não é um cidadão qualquer e permite -se um julgamento pessoal e primário, como todos nós. Acontece que à Justiça exigimos outros parâmetros de avaliação sobre o que, supostamente tomamos por adquirido e verdadeiro  e, eventualmente,  sobrepujando a maldosa,  vingativa , manipulação e indução mediática. sobre o que aos cidadãos é dado a " conhecer ".

Extrapolando, para a generalidade da população, consegue - se perceber que não aceitar a " impureza " da Justiça e a subjectividade inultrapassável nos julgamentos em que a PROVA inequívoca não tenha sido dada a conhecer na acusação, deveria ser a racionalidade exigível, o cepticismo, não necessáriamente cínico, em relação à Justiça democrática, a manter - se muito atento às corruptelas que o edifício burrocrático tem alimentado.

Saragoça da Matta é um jurista, eu não, contudo, as suas preocupações parecem - me de um cidadão atento e são minhas ainda antes de ele ter nascido.
E tem o meu apoio nessas preocupações sem idade...

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