quarta-feira, setembro 02, 2015

PACTO DE NÃO AGRESSÃO

E... PRESSÃO SOBRE O P.S.



Jerónimo de Sousa, líder do Partido Comunista Português e Catarina Martins, porta - voz do Bloco de Esquerda protagonizaram ontem o primeiro frente - a - frente dos partidos concorrentes às eleições legislativas de Outubro em Portugal.

A nota mais importante da amena conversa foi a " incompetência " do entrevistador que, posto perante a táctica de não hostilização dos dois partidos de Esquerda, que se focaram nos aspectos fundamentais da sua luta contra a Direita no Poder e na sua posição expectante em relação ao P.Socialista falseou a intenção editorial de esclarecimento das diferenças programáticas entre esses dois partidos.A pergunta que, naturalmente, deveria ter sido feita, na ausência de fracturas inultrapassáveis que o consenso demonstrado entre os dois ia demonstrando seria - POR QUE NÃO UMA FRENTE COMUM entre o P.C.P. e o BLOCO de ESQUERDA? As vantagens que daí derivariam seriam, para a Esquerda, decisivas, não só em termos de percentagem acumulada na votação como pela dinâmica mobilizadora e pela saudável pressão sobre o P.S. obrigando - o a uma redefinição das alianças.

Outra nota recorrente na conversa compartimentada que assistimos foi exactamente isso - pressão sobre o Partido Socialista - o esperado vencedor das eleições legislativas sem a maioria absoluta no Parlamento. Pela sua história e pela sua, também ela, histórica base de apoio nenhum dos contendores recusou a sua pertença de direito nesse espaço político da Esquerda; contrapõem - lhe a sua praxis, que sob os mais diversos alibis o levam a aceitar, como orientador, em governação, o Pensamento Director da U.E,, hoje dominado pela Direita, focado nos aspectos mais daninhos da Democracia Liberal, nomeadamente a ditadura financeira e as transferências dos recursos e obrigações/ferramentas do Estado, enfraquecendo - o, para as mãos do capitalismo empresarial nacional e transnacional, nomeadamente a Saúde, a Educação, os Transportes e a Energia, com a perda, em consequência, da soberania do País.

Catarina Martins foi uma magnífica intérprete das Ideias programáticas do seu partido. Jerónimo Martins, por força da sua posição de líder deu a cara e não esteve mal, dentro das limitações, não só retóricas como de agilidade mental, conhecidas. O P.C.P. tem hoje nos seus quadros gente jovem com mais acutilância discursiva. É pena não os ver nesses frente - a - frente...

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