quarta-feira, outubro 07, 2015

VÃO SER TEMPOS INTERESSANTES.....

... PORQUE SERÁ A VEZ DA POLÍTICA, PURA E DURA.


E... COMEÇOU COM O DISCURSO DO Presidente da República, infelizmente...

Infelizmente, pelas mensagens contraditórias que esboçou. De um lado, " afasta " subreptíciamente a possibilidade da integração, já manifesta do Bloco de Esquerda e do P.C.P. na criação de uma maioria de apoio governamental e promove, pressionando o Partido Socialista, a formação de um governo de Direita sem apoio parlamentar que o sustente.


ENCRUZILHADA

Se o P.S. avalizar o eventual programa da Coligação de Direita, a pergunta e as conclusões impõem - se - Afinal, de que mudanças se representa, quando se propôs aos portugueses, nas eleições transactas? Que cedências à Coligação, rejeitada pela maioria da população portuguesa, está disposto a fazer?
É que a Coligação diz que NÃO QUER acabar com o Estado Social, que o P.S. diz promover e defender, mas tem criado as condições objectivas da sua extinção, nomeadamente pela descapitalização dos serviços públicos que oferece e a desmobilização dos seus funcionários, quer nos serviços do S.N.S, da Educação Pública, da Justiça, dos Transportes Públicos e da Segurança Social.

A transferência para os Privados dos recursos nacionais, sob o alibi, que a subtracção qualitativa e financeira promove, de uma suposta incompetência de gestão é uma marca tangível, mensurável, da política neo - liberal que a Esquerda combate.
A cedência/aposta de Costa numa pretensa estabilidade política num País com uma maioria contestatária dos quatro anos dessa receita e não a ruptura ideológica com o Pensamento Único dominante na U.E., nomeadamente a Austeridade, só poderá e deverá ter uma consequência política - Uma cisão dentro do partido, entre os neo - liberais socialistas e os socialistas de esquerda - .

Por mim, Costa, o Partido Socialista e os seus militantes, do topo da pirâmide ao mais humilde dos simpatizantes, encontram - se numa encruzilhada histórica - Política, pura e dura ou Conformismo e estão sob os holofotes da análise situacional retratada em Popper no " Mito do Contexto ", na figura de Richard.

P.S. - Se a estabilidade política, endeusada pelo P.R. e pela ala direitista do P.S. e demais conservadores, fosse um Bem absoluto e estimável e não relativizável à luz dos contextos, a Líbia , o Iraque e a Síria ainda seriam estados soberanos,  também à luz dos pressupostos hipócritas que põem a salvo a China, a Coreia do Norte, o Irão e a Rússia.
Aconteceu - lhes, como a nós, numa outra dimensão, estarem " fora " dos contextos do Mito e... mal " armados ", literal e metafóricamente.

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