segunda-feira, novembro 09, 2015

DANCINGH WITH THE DEVIL ( reloaded )

O MEU É MAIOR DE QUE O TEU

Está de volta a grotesca escalada, melhor, a velha escalada de exposições penianas entre a NATO e a Rússia. Esta recorrente amostragem de argumentos militares entre duas potências com capacidade declarada de se auto - destruirem é no mínimo indecoroso.

Quando a NATO começa a fazer - se ouvir por cima da Voz política ou em vez dela, a Europa, que não o destinatário das bravatas, deveria tremer de susto. Basta ter presente as consequências das suas intervenções e a miséria e o Caos que levaram aos países aos quais levaram as suas diligências humanistas.

As Forças Armadas americanas que chefiam a Nato são hoje dirigidas por dois generais, Mark Milley e James Dunford, que apostam no reacender da distanciação da Europa à Rússia, na linha de uma estratégia política militar que vem desde  o fim da II G.G., não vão os europeus estar distraídos com a crise dos refugiados.

VEJAMOS...

1) O conflito, melhor, as escaramuças que se seguiram à decisão da Nato se " encostar " às fronteiras da ex - URSS através do aliciamento da Ucrânia com a deposição democrática ( hoje todos sabemos como é que essas coisas se fazem. A imaginação não é muita e os resultados não têm sido muito decepcionantes, não é ? ) do seu presidente eleito que mantinha boas relações com o vizinho russo, um despautério, portanto. Se a coisa tinha funcionado a contento com a nova satelização levada a cabo com a democratização dos antigos " aliados " da URSS, porque não estender o domínio até às suas fronteiras próximas? Acontece que os novos poderes na Rússia, vulgo Putin, não gostaram do que consideram um abuso e reagiram, com a anexação da Crimeia, de vital importância estratégica de defesa da gulodice insaciável da Nato, vulgo USA, e armaram a dissidência pró - russa contra o fascismo ucraniano.


2) Os USA e através da Nato, os países do Ocidente, desmantelaram o Afeganistão, o Iraque, a Líbia e soltaram as garras humanitárias sobre a Síria, um aliado militar da Rússia. O Irão ainda assusta já que o desconhecimento real da sua capacidade nuclear intimida e o cerco é feito pela destruição da sua capacidade económica, levando à reacção democrática do seu povo contra os tiranos ayatollahs. A receita é tão simplória que admira que os povos ainda nela caiam. 

ADIANTE...

O resultado de tanto Bem levado às terras do  Oriente Médio batem - nos hoje às portas, cobrando - nos o Paraíso prometido, deixando para trás a terra queimada pelos salvadores entregue à resistência fundamentalista e ao CAOS. 
Por fim, a Rússia, por razões fácilmente descortináveis, resolveu prestar o auxílio devido, pelos tratados que assinou, à Síria, no combate ao Daesh e aos " democratas " insurgentes armados pela CIA para descartar mais um ÁS do seu baralho punitivo.

A braços com sérios problemas nas suas políticas domésticas que uma política austeritária agravou e sem NENHUMA razão PALPÁVEL para temer o vizinho próximo diabolizado pelo Complexo Militar - Industrial dos USA a Europa, vulgo Merkel, e agora Cameron, não estão muito entusiasmados com a abertura de novas frentes de confrontação e... têm consciência do MUITO que perderam no balanço das aventuras e cowboyadas dos yanques.
Era imperioso despertá - los para o urso esquecido e vai daí é MANOBRAS militares conjuntas e conferência em Wisbaden com os galarós emplumados da Nato a lembrar - nos que, oh céus!!!, os russos têm armas nucleares que podem varrer - nos do mapa, enquanto as da Nato são para fazer filhoses.

JÁ NÃO HÁ PACHORRA, e se a Europa, que ganhou inimigos externos à custa de uma camaradagem que ainda a levará para a cova, continuar a ser estúpida será o que lhe irá acontecer.

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