FRANÇA, DE LUTO
Jacques Bergier, herói condecorado da Resistência francesa contra a ocupação nazi, notório terrorista, dizia, a abrir o seu livro - A III GUERRA MUNDIAL JÁ COMEÇOU - , publicado em 1976, que, cito, " O terrorista que combate pelas nossas ideias é um herói sublime . O terrorista que combate por ideias diferentes das nossas é um miserável assassino. Ambos, porém, sacrificam a vida, algumas vezes aos quinze anos... "
Hoje, se fosse vivo, confirmaria e deploraria com veemência a precisão da sua projecção futurista na escalada do Terror que a cada golpe desferido contra o Ocidente parece reforçar a crença sobre uma impossibilidade que nenhuma brutalidade é capaz de banir da alma ocidental - o amor pela Liberdade.
As circunstâncias que alimentaram o terrorismo bergiano são bem conhecidas e também os seus alvos - o exército ocupante de Hitler. Foi uma guerra, com as armas possíveis, contra a mais formidável máquina de guerra e genocídio da época.
Sim, eu sei, hoje, um dia após o frio assassinato de cidadãos franceses, não é o tempo de
racionalizações sobre o Terror e a sua justificação moral, mas é seguramente TEMPO de se prever com antecedência as consequências dos nossos actos e a obrigação pelos Estados da protecção dos seus cidadãos.
Deixemos as reflexões para outra altura. Agora é tempo de chorar os mortos e solidariedade com as vítimas dos atentados desta guerra suja.
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