domingo, janeiro 31, 2016

d' O CAOS


Odeio bagunça, abomino a Ordem Burrautocrática e prefiro a organização em racionalidade ( Razão + Ética ) do Caos, o estado permanente da espécie e das suas Instituições.

Achar, convir, que o Estado seja uma necessidade, um estádio evolutivo na busca dessa ordenação que não a submissão impossível, não fará do Homem um incondicional dos poderes de que ele se outorga que extravasem a promoção da sua eficácia na coordenação harmoniosa e equilibrada dos interesses biológicos e ou corporativos com o Bem Comum.

Essa realidade de que todos têm consciência do que seja e do que poderia ser, remete - nos a Zizek, que nos nega a possibilidade dessa consciência, que existindo, foge à nossa interpretação simbólica ou utópica dada a sua profunda abstracção, em compreensão e extensão.
Uma torre de Babel que se vai trepando sem um sânscrito unificador que permita a sua interpretação numa inteligibilidade redentora.
Nos andares dessa Torre estabeleceram - se unidades linguísticas e a possibilidade de uma visão unificada sobre um real estrito - a delas e todo um cortejo simbólico e narrativo moldado por uma história comum. Ordenamentos casuísticos ocupando um nicho estabilizado no Caos - são as nações e os estados que física e jurídicamente as estabiliza ou procura a sua estabilização.

Quando e sempre que haja uma perturbação provocada por uma intrusão forasteira, as consequências, como ondas de maré, vão ficando maiores, à medida que se afastam da origem precurssora deixada ao oblívio.
O mundo de hoje, como o de ontem, está a reflectir o alcance que decisões políticas tomadas ao arrepio da consagração desse ordenamento racionalizado podem fazer.

E as borboletas nada tiveram a ver com isso...

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