quarta-feira, março 14, 2018

DEMOCRACIA, SOBERANIAS...

... DAS NAÇÕES E... NÓS


Só a força bruta foi capaz de domar sentimentos nacionalistas em toda a História da Humanidade.
Da época dos Impérios à libertação, também ela pela força, das nações e do seu enquadramento territorial, do jugo da dominação, militar, cultural e económico, se fez a História do mundo.

Dominação e poder foram os êmulos impulsionadores das primeiras civilizações que, sob outras vestes, pulsionam, e tentam refazer, nomeadamente hoje, outros Impérios como o foram a Rússia, a China e... os USA.
A Europa, farol universal, pelas suas vitórias de harmonização social durante meio século, por sobre os escombros da auto - aniquilação durante séculos, hoje cansada e envelhecida, sábia e conformista face à natureza humana escrutinada pelos filósofos, rende - se ao pragmatismo gestionário e geracional, desambiciona o Poder, enquanto vê implodir as suas democracias em populismos sebastianistas. A Paz é - lhe um tesouro cuja guarda deixou à Burrocracia na gestão da sua velhice e eventual decadência.
À primeira vista, o que do ponto de vista estratégico pareceria um suicídio face às pulsões belicistas dos Outros, exacto, dos outros, já que o conceito de Ocidente está a ser desmantelado pela América de Trump e pelo isolacionismo do Brexit, dizia, configura, a meu ver, uma maturidade política, ética e civilizacional exemplar, face ao turmoil histérico que a circunda e que de quando em vez nos perturba..., em casa.
Uma potência de luz e discernimento e não de sombras e miséria, portador de um novo Iluminismo que eduque a infantilidade soberana de povos e de... personalidades, terá de ser o caminho da refundação europeia, sob o risco de contaminação dos bárbaros.

Ver de fora o jogo de sombras entre um Império caquético governado por uma megalomania narcísica e armado até à medula e um Estado que se reclama do direito à existência e à experiência de um sistema de governo sem querer correr o risco que outros sistemas correram e sofreram, correm e sofrem, pela insubmissão ao Império, servirá de alerta à Europa na decifração dos seus interesses estratégicos, dos seus amigos, e de prevenção, pelo reconhecimento de décadas de manipulação de que foi alvo pelos interesses americanos.
Essa guerra entre dois egos imbecis não poderá ser a sua. Saiba a sua diplomacia PÔR - NOS FORA DISSO.

( continuaremos... )




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