terça-feira, março 13, 2018

WHY NOT?

UMA CÁTEDRA?


Passos Coelho, o ex - primeiro Ministro de Portugal durante o período de austeridade imposto ao país, por culpas próprias e alheias, foi um bom aluno, na hipervalorização seguidista das receitas daninhas da Troika financiadora do resgate do país a uma crise financeira de monta.

Sem querer alongar - me sobre as razões que obrigaram o governo socialista de Sócrates a pedir ajuda às instâncias internacionais, o que ficou deste tempo foi a memória, aos poucos apagada, da pauperização do país pela alienação de sectores estratégicos da economia e um brutal corte de rendimentos da classe média e o empobrecimento dos mais desvalidos. 
Soubemos agora que, ao abandono da militância política, coube - lhe o convite de algumas universidades como professor catedrático convidado, com todas as regalias do cargo.
Dentro de algumas academias estalou a polémica sobre o que considero ser uma banalidade no tratamento de ex - governantes. Nada de novo, portanto.

As universidades têm sido o veículo de transmissão, os polos promotores do que do mais conservador existe em matérias político económicas nos países ocidentais. A formação dada aos alunos formata - os política, burocrática e económicamente nas ideias liberais e conservadoras de gestão pública ou privada.
Passos Coelho saiu dessa fornada e aderiu - lhe totalmente - Um Estado esquelético e o laissez faire para os negócios. A receita, essa, aplicou - a até onde lhe foi possível, durante o tempo em que esteve no poder. Todo o conhecimento que sobre a matéria terá, deve - o à experiência como governante e será, EXACTAMENTE, por isso, pela sua vivência no primeiro plano da AUSTERIDADE aplicada que a sua cátedra faz sentido para quem o convidou. Uma experiência acumulada que valerá a pena ser transmitida.

Cavaco Silva optou pelos diários da presidência, num exercício narcísico da sua actuação como chefe de Estado. Passos Coelho, eventualmente não teria leitores assim como Cavaco não os teve, pelo que essa saída limpa que lhe foi proposta caiu do céu.

Que lhe faça bom proveito e que as suas crónicas sirvam de aviso contra a T.I.N.A., o Pensamento Único que varreu a UE com as consequências hoje visíveis do afastamento dos cidadãos dos seus promotores.

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