terça-feira, abril 03, 2018

O VÉU DE MAIA

UMA GUERRA FRIA " REQUENTADA "?


                                                                      W. PUTIN

Desde Catarina II que a Rússia nos é apresentada como uma nação sanguinária, uma terra de bárbaros, de novos hunos, cuja sede imperialista só tem sido travada pelos briosos britânicos e os seus associados norte - americanos.
Esse é o imaginário emulativo construído, à boleia do, dantes vermelho, inimigo externo, a par do perigo amarelo, como a ameaça árabe fundamentalista, no Ocidente a marcar toda a evolução humanista na aversão ao diferente, ao estrangeiro, ao forasteiro.

Todo esse arsenal ideológico, mantido e reforçado em continuidade, tem funcionado, cínicamente, sempre que as necessidades políticas dos USA ou do Reino Unido, nomeadamente, sintam um enfraquecimento na aversão estimulada.
A História do século XX foi exemplar, pós II GG, no espelhamento dessa prática em momentos distintos desse turvamento.
Cada vez mais enfraquecidos, exangues e não já isolados no direito usurpado de imposição da sua idiossincracia ao resto do mundo, os indefectíveis defensores da colonização cultural, mercantil e militar das nações, sentem - se ultrapassados pelo ressurgimento da Rússia como actor global, já não como comedora de crianças, mas como intérprete do novo capitalismo no contexto geral das nações, e da formidável e ameaçadora China na interpretação invejada de controlo político plus agressiva exportação das virtudes absorvidas do que era e é apresentado como o melhor dos sistemas - o Capitalismo - que não o Comunismo.

SOLUÇAO? O boicote, económico, encetado pelos USA e político, despoletado pela UK, num oportuno ( para quem? ) envenenamento de um antigo e esquecido espião menor russo, hoje cidadão britânico, atribuído a um presumido ataque de cretinismo do Estado Russo.
Que segredos tenebrosos a ocultar DE um residente britânico teria Putin a esconder que não tivesse já dado a conhecer na apresentação PUBLICA das suas aquisições militares?

A verdade é que a Diplomacia mentirosa que nos tornou cúmplices do CAOS E MORTANDADE que, desde a queda de Sadam assolam o mundo, lá no Oriente - Médio e cá, através do terror importado através do Daesh, no Mediterrâneo com a morte de... em quantos vão!!!??? refugiados do horror da guerra, NÃO MERECE A NOSSA CREDIBILIDADE, sem que a irrefutabilidade das provas confirme a veracidade sobre o que quer que seja transmitido.

Do que se passa na Rússia saberão melhor os russos e sobre esse conhecimento farão o seu juízo.
Putin desmentiu aquilo que considera ser uma acusação improcedente e exige provas.
O que fizeram os USA e o Reino Unido? Uma guerra diplomática pela qual, pelo seguidismo, solidariedade, clamam os seguidistas, só servirá como um teste à observância do estado da aversão induzida.
Saiba e tem - no feito bem, a diplomacia portuguesa, ponderar os interesses nacionais e lembrar - se de que quem procura o isolamento e isolar os outros não coincidirá, nos seus propósitos com os deste pequeno e PACÍFICO país e ter SEMPRE presente que a NATO é e será sempre uma correia de transmissão no seguidismo pretendido pelos USA e pela UK, inimigos declarados da insubmissão dos povos e regimes não alinhados.

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