terça-feira, junho 26, 2018

MUNDIAL DE FUTEBOL, em derivação...

RÚSSIA




Deixando de lado o magnífico e, até ver, postal representativo que está a ser o Campeonato do Mundo de Futebol, numa amostragem do que a Rússia poderá vir a ser no contexto das nações, apagando décadas e décadas de demonização por parte do Ocidente, na aproximação dos povos, Putin esta, com inteligência, a preencher os espaços vazios que o isolamento imposto pela liderança norte - americana e seus associados, como o actual Reino Unido dos brexistas, impuseram aos seus aliados e amigos de outrora.

De tão elementar, pela cínica chantagem mafiosa - Se querem protecção pelas maldades que andámos a fazer pelo mundo, têm de pagar por ela. Se querem vender cá os vossos produtos têm de vir para cá produzi - los ou então sujeitam - se aos nossos critérios de taxação. Fogo e Fúria, por enquanto em soft, cairão sobre a ousadia do enfrentamento com a nossa inigualável máquina de matar os outsiders. Não queiram estar nesse lugar..., Trump, corre o risco, pela aproximação pragmática, despida de geo-estratégias infames, que está a caucionar junto dos povos do mundo, apesar das excepções desinteressantes e fácilmente aniquiláveis de excrecências neo - fascistas na Europa, de ganhar um prémio Nobel qualquer, à consideração da sua Comissão.

A Rússia de Putin, dizia, tem hoje a possibilidade de apagar, de vez, a narrativa do inimigo externo do Ocidente e cumprir, caso o queira, o pesadelo antevisto de quase todas as Administrações norte - americanas pós - II Guerra Mundial - um continente europeu ininterrupto de Sagres a Wladivostok.

Por outro lado, não descurando a sua herança oriental, prepara - se, como anfitrião do Fórum Económico do Leste, onde estarão presentes o Japão, a China a Coreia do Norte e, dentro em breve a Turquia de Erdogan e o Irão, para estreitar laços económicos globalizados com o mundo.
O pretexto que a ameaçadora, demente, guerra comercial encetada por Trump credibilizou junto dos novos interlocutores da Rússia de Putin acaba por ser, no meio de tanto frenesim trumpista, um bom início de conversa entre adultos.

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