sábado, junho 06, 2009

PERSPECTIVAS - da importância da informação/ deformação dos Media

Da sacrilização dos direitos individuais perante o Dever colectivo derivou toda a doença incurável de que sofre o sistema que deu origem ao regime democrático no Ocidente.
A enumeração fastidiosa das mil e uma sondagens à opinião dos cidadãos europeus sobre o funcionamento das instituíções democráticas de cariz político, económico ou cultural atesta pela sua negatividade o mal - estar reinante.

Algo está podre no regime e ninguém quer apontar o dedo da denúncia na sua origem quando o cheiro provém de todos os lados...

As " excepções " , tidas como a credibilização de Tudo - a liberdade lato sensu a que se associa a famigerada liberdade de expressão, não resiste sequer, sem fragorosa queda, a uma análise mesmo que superficial.

O êrro na sacralização do mediático, por exemplo, deriva da falta de cultura, racionalidade, bom - senso, objectividade, maturidade na sua prática que outrora nos permitiam acreditar na notícia, no comentário, aprender, em suma, a formar opinião, fundamentada em factos.

Actualmente abundam opiniões massificadas, interesseiras, dirigidas, intelectualmente desonestas num grau tão elevado que a dificuldade está em saber da veracidade do que se diz mais do que QUEM diz.
Dessa batota ( porque não denunciada internamente ) corporativa salva - se a independência rara, ( não porque dispara indiscriminadamente à esquerda e à direita, sobre o Governo ou sobre a Oposição ) credibilizada, factualizada, honesta, èticamente louvável de uns quantos, poucos, paladinos.
O panorama geral, principalmente em época de eleições é sempre confrangedor dada a teia de cumplicidades e do contrabando ideológico transportado em cada página.

Seria mais verdadeiro que os Media, em vez da independência aldrabada, impraticável, assumissem com transparência o seu posicionamento rotulado, sem peias.
Aí ao se ouvir ou ler se saberia estar a ouvir ou a ler opiniões sustentadas numa determinada matriz de pensamento.

É que do albergue espanhol, aparentemente de louvável e democrática representação ideológica, difícilmente se distingue o lacaio do nobre, a voz do dono do rosnar da indignação verdadeira.

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